"Rio Xingu, não é lixeiro"
Sujeito à carga, sem jeito, o rio em pânico.
Riachos calmos - prestes a queda,
Xingu, vislumbra ainda em arte seu
Remanso calmo, doce/belo.
Mas,
Reflexo escuro, de manifestações
a pichações de muros, onde tua
bela obra está descartável de propaganda
Fútil.
Rejeitamos tal rejeitos, basta,
O rio doce está morto,
Em lutados - lutamos,
Para que não matem o Xingu
Daqui alguns anos...
Basta de,
Sangue, de árvores de carvão,
De peixes sem oxigênio
Chega de exploração.
Sangue - sugas,
Sonhos, pesadelo.
vislumbra toda sua bela obra,
Corrido, branco e preto.
Transparente.
Colorido em peso.
Extinção do respeito.
Direitos?
Lá vem (MI) Bilhões
Lá vem TRI "lixões".
Desmatamento, mata.
Rio, viu? Desvio por conta de
Ouro e prata.
Quem paga a conta? $inta? Sentiu.
Estouro, explosão.
Água benta.
Repulsão.
Faz rejeito ir ao sujeito.
Lama - fogo.
Flora no chão,
Fauna em extinção.
Canhões "adestrados",
Fauna, malas prontas.
Interesses/dourados.
Anzóis sem telas, içados.
Ferida na vinda.
Sem sutura na ida.
Esparadrapo em falta.
"VALE" mais, dólar,
"Belosan." em alta.
Xingu/região - nosso rio viram.
Descuidos, choros daqui,
Do Canadá - riram.
"Enverdejado" bem ali,
Troncos em água enfartado de...
SANGUE - vermelho/amarelo
Azul - disque - Assurini,
RIO XINGU mais uma vez tem "MEDO".
Alta/mira, na mira, princesinha esquecida,
Por ganchos do capital descoberta,
Coberta de verde, descobriram amarelo.
Cubram? Cubram? Infelizmente, nem o estado
cobra. A grande volta em fim foi vista
Mas, por ser,
Em fim, L-U-C-R-A-T-I-V-A
(Rafael Gomes Zãn, 28.03.2017)