Ontem (20), os movimentos sociais e partidos de
esquerda ocuparam as principais avenidas de 25 capitais, distrito federal e
dezenas de médias cidades do Brasil.
Com os mastros das bandeiras em punho os
manifestantes de ontem saíram as ruas por mais Direitos, Liberdade e
Democracia.
Em Altamira-PA não foi diferente, várias
organizações se concentraram em frente ao mercado municipal com o objetivo de
denunciar as medidas arbitrárias do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha
(PMDB/RJ), como as Votações da Redução da Idade Penal e aprovação do
financiamento de empresas privadas para campanhas políticas eleitorais que foram
votadas a toque de caixa, pois houve várias ilegalidade na condução da votação
desses temas.
Outro ponto denunciado pelos trabalhadores nas ruas
foi o Ajuste Fiscal executado pelo Ministério da Fazenda, este comandado pelo
neoliberal Joaquim Levy, está atacando os Direitos da classe trabalhadora em
nome da resolução da crise, os manifestantes denunciaram a perca dos direitos
como o seguro desemprego, aposentadoria, corte no FIES e PROUNE. A voz das ruas
entoavam “Que os ricos paguem pela crise”, a proposta da esquerda é que o
governo federal faça auditoria da dívida pública e taxação das grandes fortunas
e heranças milionárias, só essa última medida entrariam para os cofres público algo em torno de R$100 bilhões, o suficiente para preservar e até ampliar os
Direitos da classe trabalhadora.
O terceiro ponto foi a Defesa pela Democracia, todos
que foram as ruas são contra a tentativa de golpe (impeachment) que o PSDB/DEM
que tem o apoio da Rede Globo querem fazer contra a Presidenta Dilma, as
organizações entendem que há uma crise econômica, política e da própria
esquerda, no entanto, a presidenta foi eleita pela maioria, não cabendo agora
um retirada dela por vias golpistas como querem a oposição raivosa, comanda
pelo Aécio Neves Eduardo Cunha. Até esse momento não tem nada que pese a favor
da retirada da presidenta por vias legais, o que há são articulações
da Direita raivosa junto com os Estados Unidos com via de inviabilizar o
mandato da presidenta para que no próximo período possa-se se criar um cenário
para a privatização da Petrobrás.
Sobre a Petroleira estatal, há um projeto de lei do
senador José Serra (PSDB/SP) para retirar a obrigatoriedade de Petrobras em
extrair pelo menos 30% do petróleo da camada do presal, se isso acontecer há o
risco de perdemos R$360 Bilhões em investimentos da Educação e Saúde, por causa
da perda dos Royalties e fundo social do Presal para essas áreas, inclusive a
conquista desses investimentos foi uma conquista histórica da União Nacional
dos Estudantes (UNE), UBES, ANPG, sindicatos dos Professores e dezenas de
organizações.
Durante as manifestações de ontem, no meio da tarde
o Procurador Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, entrou com denúncia
contra Eduardo Cunha e o senador Fernando Collor, a PGR entrou com 60 acusações contra o
presidente da Câmara por envolvimento com fraude de licitações na Petrobras, um
dos casos foi encaminhado R$250 mil para a Igreja Assembleia de Deus, e ela
repassou para Eduardo Cunha. Durante todo o ano o pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus) defendeu a atuação do
presidente da câmara e chegaram a realizar um culto evangélico dentro da
câmara, mas ontem o pastor já lançou nota no twiter negando ter apoiado Eduardo
Cunha. Agora o PGR quer que Eduardo Cunha devolva R$250 Milhões para os cofres
públicos. Cerca de 10 partidos, entre eles o PT, PCdo B e PSOL entraram com
pedido para afastamento de Eduardo cunha da presidência da câmara. Se condenado em todas as acusações a pena mínima Eduardo Cunha deverá pegar 184 anos de prisão.
A denúncia contra Eduardo Cunha já havia sido
preparada pela PGR, mas as manifestações foram importantes para o próprio
governo ter mais força para poder fazer essa frente contra seu algoz na câmara federal.
Para além da retirada de Eduardo Cunha do cenário, o
próximo passo dos Movimentos é realizar uma grande Luta no Dia do Aniversário
da Petrobrás, no inicio de outubro, mas antes disso as lutas concretas das
organizações continuarão, seja a Luta pela Terra com o MST, a Luta pela Moradia
com o MTST, a Luta contra as Barragens pelo MAB ou as Lutas por mais
investimentos em Educação pela UNE.