Só ocupando as ruas conseguiremos fortalecer a nossa Democracia.
Estudantes e professores da UEPA campus Altamira. |
Após a reeleição a candidata
Dilma Rousseff em seu primeiro discurso já sinalizou que a primeira Reforma que
irá defender, será a Reforma Política, pois essa é a Reforma das Reformas. Segunda-feira
em entrevista a rede Globo e terça-feira ao SBT ela afirmou mais uma vez a
importância da Reforma do Sistema Político, e lembrou que em todo o lugar que
ela fazia campanha o tema que o povo mais se interessava em discutir, “do
Oiapoque ao Chuí”, era sobre a Reforma Política, e ela relacionou isso ao
Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana para o Sistema
Político. Esse plebiscito, organizado por mais de 300 organizações a nível
Nacional e Estadual, mobilizou mais de 100 mil ativistas, 40 mil urnas e 1,8
mil comitês regionais e conseguiram coletar 7.754.436 milhões de Votos e destes
98% votaram SIM pela Constituinte Exclusiva e Soberana. Dilma recebeu o
resultado do Plebiscito no último dia 13 em uma Plenária organizada pelo Comitê
Nacional, que inclusive entregaram o resultado ao Congresso Nacional e ao Superior
Tribunal Federal (STF).
A presidenta já havia alertado da
possibilidade do Plebiscito como resposta as mobilizações de junho de 2013, mas
foi suprimida pela “desvontade” do Congresso e Judiciário, representados pela
oposição e Gilmar Mendes, respectivamente. O congresso eleito para o próximo
mandato será ainda mais Conservador, portanto, seria um cenário mais difícil
pautar a Reforma do Sistema Político, entretanto, com quase 8 milhões de
brasileiros discutindo e respondendo SIM para essa Reforma Estrutural a
presidenta acumulou forças e já começa a pedir a essas massas “revolucionárias”
ativas, para pressionarem cada vez mais os setores reacionários, que querem
impedir a vontade popular de mudar as bases do Brasil.
Na terça-feira o presidente da
Câmara dos Deputados Henrique Alves PMDB-RN e o Senador Álvaro Dias PSDB-PE já
negaram a possibilidade de Plebiscito, e citaram em contrapartida o Referendo,
entretanto, esse segundo instrumento só seria possível se o Congresso primeiro
debatesse e posteriormente escolhessem alguns pontos para a consulta popular,
mas já tramitam mais de 30 propostas de Reforma Política e elas não avançaram,
então será que a maioria desses e dos próximos Deputados Federais e Senadores
irão colocar como prioridade a Reforma do Sistema Político como está fazendo a
presidenta Dilma?
Um dos principais pontos do
debate sobre a Reforma Política é o Fim do Financiamento Empresarial de
Campanhas, e justamente é esse ponto que a maioria dos candidatos eleitos são
contra, pois têm o “rabo preso” com as empresas que os patrocinaram. Mas, mesmo
tendo gasto mais dinheiro na campanha do que seus adversários, Dilma “não foge
da raia a troco de nada”, pois entende que esse é o momento de ser dado mais um
passo para o fortalecimento da Democracia brasileira.
Deste modo, Não podemos assistir,
novamente, os setores reacionários controlar as rédeas da vontade popular com
debates vazios, como fizeram em 2013, agora, temos a nossa pauta esclarecida e
consciente, portanto, mesmo desgastados com as Campanhas do Plebiscito Popular
e das Eleições, chegou a hora dos Comitês se reunirem e inserirem mais
organizações, para voltarem aos locais onde foram coletados os votos e levarem
a “boa nova” de que a nossa vontade só será materializada se ocuparmos cada espaço
das Ruas para defender a Reforma do Sistema Político!
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